terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Dúvidas.


Escrever sobre sentimentos é extravasar aquilo que está preso dentro de nós ou uma forma de sentir pena de nosso peso? Uma maneira de alimentar pensamentos mórbidos, noitadas escuras, momentos de solidão e frio constante? Representa que estamos verdadeiramente doentes? Ou significa que somos almas perdidas que necessitam se encontrar? Ou quer dizer que estamos patrocinando um teatro de dramas para chamar atenção daqueles que nãos nos ouvem? O quão terrível pode ser sofrer?
O quão egoísta é ter problemas que são seus? O quão egocêntrico pode ser necessitar de atenção? E não é aquela atenção entre o fim do trabalho e a novela.
No meu mundo cuidado é vergonha, e colo é pedido, não dado.
No meu mundo muito é pouco, pouco é nada e eu sou tudo.
Na minha vida mundo é choro, choro é música, música é lágrima.
No meu retrato preto é branco, branco é cor, e eu sou sépia.
Ainda não sei quem sou, nem o que quero, o quão pode ser difícil ter de escolher querer... Fazer da obrigação vontade, fazer da mentira verdade, fingir que está tudo bem.
Bem, não há do que se lamentar, já que é isso que acontece no mundo em que somos só mais alguém. Falta-me tato e olfato para sentir quem sou.

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